terça-feira, 15 de novembro de 2011

Amor

Muitas vezes nos perguntamos o que fazemos com esse amor todo que sentimos e nem sempre temos para quem entregar. Um amor especial, amor único, definitivo. Um amor que aparenta não ter sido domado, meio que bravo, mas que em outros momentos é sensato, dedicado, atencioso. Um amor sedento que se permite cativar. Um amor que nos faz sentir que fugimos do ponto, que mexe com nossas referências, que nos faz pairar no espaço, levitar nosso ser e que no momento seguinte nos puxa de volta para seu aconchego. Um amor que dá um frio na barriga e relaxa a alma. Um amor que nos eleva e nos deixa quase anjos a flutuar pelo céu, nos faz perder o ar e o substitui plenamente pela emoção. Um amor tão intenso que descargas elétricas riscam o quarto escuro, que nos umedece a carne e lava a alma. Um amor que nos faz ouvir em cada sussurro um pedido, uma rogativa, um desejo, uma súplica. Um amor que nos faz plenos de si e que nos permite conhecer a humildade de precisarmos tanto um do outro. Um amor que nos faz mergulhar profundamente em nosso ser e sejamos arrebatados para outra dimensão.

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